SAPO COM MEDO DE ÁGUA
O sapo – cururu estava tomando sol na beira do rio quando apareceu um homem, olhou o sapo, achou engraçadinho e resolveu levar para os seus filhos.
Os filhos desse senhor de que eu falei eram levados da breca, gostavam muito de judiar dos bichinhos. Depois de fazerem todas as ruindades que sabiam com ele, resolveram matar o sapo.
Mas o sapo era sapo falante e além de falante era pensante. Pensava rápido. Os meninos começaram um a discussão para saber como deviam matar o sapo. E ele, muito esperto, foi se salvando...
- Já sei, vou jogar o sapo no meio dos espinhos, ele vai morrer espetadinho!
- Espinho – dizia o sapo - eu não ligo para espinho! Espinho não me fura!
- Ah, então vamos jogar no fogo.
- Fogo – respondia o sapo – eu sopro o fogo, eu apago num instantinho...
- Então vamos pegar este sapo e jogar lá em baixo no despenhadeiro, no meio das pedras.
- Onde já se viu pedra matar sapo, meninos! Eu saio pulando, pronto! E assim foi indo a história, até que um dos meninos disse muito contente.
- Já sei, vamos jogar o sapo lá no lago.
Ele vai morrer afogado!
Aí, o sapo (muito fingido ) chorou, fez um choro danado:
- Ah, por favor, me botem no fogo, na água, não! Assim eu morro, na água não! Assim eu morro, morro mesmo!
E os meninos, muito ruinzinhos, pegaram o sapo por uma perna e, PAFT! Atiraram lá no meio do lago, dando risada.
O sapo mergulhou e apareceu lá longe, gritando, sorridente:
- Enganei um bobo na casca do ovo. Daí a gente costuma dizer lá em casa quando alguém fica negando o que mais gosta, disfarçando o seu querer:
- É sapo com medo de água!
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