segunda-feira, 26 de março de 2012

CANTINHO DA LEITURA

Ao início da manhã, a aldeia de In-Amènas não tinha ainda retomado as suas atividades habituais: alguns camponeses altivos, envoltos nos seus bournous (mantos de lã com capucho), falavam em voz alta, bebendo chá de menta.
Um grupo de homens em pé rodeava dois jogadores de dominó que dispunham lentamente as suas pedras numa pequena tábua oscilante. Um nómada que transportava vários feixes de raízes secas esperava pacientemente um eventual comprador… Os camelos, habituados ao grande erg (deserto de areia), e nervosos por se encontrarem num local fechado, rodeado de arcadas, soltavam roncos insuportáveis.
Nas casas baixas de paredes sem janelas, ouvia-se de vez em quando o barulho de um tear. Na parte inferior das pequenas lojas sombrias, os mercadores dormitavam de leque na mão. Numa pequena sala do andar térreo contígua à mesquita, o velho Taleb, com uma longa cana na mão, obrigava todas as crianças de cócoras diante de si a repetir versículos do Corão, e o ruído surdo das vozes roufenhas dos pequenos perdia-se nas ruas estreitas…
Mas eis que chega, pela porta norte da aldeia, um homem montado num camelo. Com imponência e lentidão, penetra pela poterna e para. O viajante afrouxa a rédea do animal e inclina a cabeça sobre o peito. De repente, veem-no cair na areia. Os que bebiam chá, os jogadores de damas, os mercadores e os artesãos, todos se precipitaram na direção do pobre que tentava falar…
Revirando os olhos, o que podia ser entendido como a angústia de um moribundo, o viajante sussurrou algumas palavras incompreensíveis, ao mesmo tempo que apontava, com uma mão trémula, para uma grande bolsa de couro que trazia presa à cintura. Em seguida, elevando um dedo para o céu, recitou a Fatiha (oração diária) … A cabeça voltou a pender sobre o ombro… Estava morto!
A multidão que, entretanto, se tinha aglomerado, estava imóvel. Quem seria ele? De onde viria? Para onde iria? Ninguém era capaz de responder. Prepararam o cadáver e enterraram-no, no dia seguinte, num pequeno cemitério situado bem longe das casas, por detrás das primeiras dunas.
Na sala do café, foi decidido fazer o inventário dos objetos que o desconhecido transportava no seu camelo e dos que se encontravam nele. Numa das bolsas, roupas; na outra, diversos objetos indispensáveis aos viajantes; mas, na grande bolsa de couro negro que trazia à cintura, descobriu-se, com estupefação, um tesouro! Colares, braceletes, diademas, anéis, fivelas, pedras preciosas e peças em ouro amontoavam-se na mesa do café…

♦♦♦♦♦
Toda a gente se entreolhou em silêncio, mas todos pensavam o mesmo: “Que vamos fazer com estas riquezas? Reparti-las? Distribuí-las pelos pobres?” Estava instalada a discussão e cada um, querendo que a sua opinião fosse adotada, protagonizava uma rápida subida do tom de voz. Não tardariam as escaramuças. Seria mais avisado pedir a opinião da djemaa, o conselho dos anciãos.
Sob a autoridade do imã da mesquita, os dez anciãos de In-Amènas reuniram-se no dia seguinte. Foi decidido vender o camelo e o conteúdo das duas grandes bolsas e dar o dinheiro apurado aos pobres. Sábia decisão que todos aplaudiram. E o tesouro? Após longa e cuidadosa reflexão, o imã sentenciou que o tesouro seria enterrado na sepultura do desconhecido.
Esquecida a deceção, pensou-se que, afinal, fora esta a decisão mais acertada. Esse tesouro teria, porventura, despoletado invejas, rancores, porque cada um pensaria, certamente, que os outros teriam sido mais favorecidos que ele próprio. O tesouro desconhecido voltaria ao nada. Um buraco muito profundo foi cavado ao pé do túmulo e aí foi lançado o saco.

♦♦♦♦♦
Passaram-se meses, passaram-se anos… A pequena aldeia de In-Amènas já tinha esquecido o incidente e retomado a sua vida normal. Os camponeses bebiam chá, outros jogavam dominó, os mercadores dormitavam e as crianças recitavam versículos do Corão… quando um dia, de repente, ecoaram imensos gritos que pareciam vir do cemitério… Quem podia gritar daquela maneira? Toda a gente correu na direção das sepulturas e, no sítio da do viajante desconhecido, viram o imã deitado ao pé da cova com os braços enterrados no buraco que havia escavado. Era ele que soltava aqueles gritos terríveis…
Os primeiros que chegaram puxaram-no pelos pés para o tirar daquela posição deplorável. Tempo perdido! As suas duas mãos estavam presas à bolsa de couro negro que parecia tão pesada como um rochedo de várias toneladas… Toda a gente compreendeu, então, que o imã tinha querido recuperar o tesouro e que se tinha ordenado que o enterrassem era para, mais tarde, o poder reaver…
Mas, no imediato, era necessário tirá-lo daquela posição miserável. Puxaram-no pelos braços, pelas pernas, pelo corpo… Em vão! Os mais caridosos construíram um pequeno abrigo de palmas sobre a cabeça do imã, evitando, assim, uma insolação. Só ao fim da tarde, vencido pela dor, é que o imã se sentiu obrigado a reconhecer a sua falta diante de toda a aldeia, que, entretanto, se tinha reunido à sua volta:
— Não passo de um ganancioso! Sou indigno da vossa confiança. O que fiz não tem perdão. Quis recuperar o tesouro e guardá-lo só para mim!
Mal acabou de proferir estas palavras, as mãos separaram-se da bolsa… Mas, quando se pôs de joelhos diante da sepultura, apenas tinha dois tocos queimados pelo fogo nas extremidades dos braços. Apressou-se a deixar a aldeia e foi esconder a sua vergonha numa das montanhas de Aïr.
Voltaram a tapar o buraco escavado pelo imã e todos tentaram esquecer o incidente.
♦♦♦♦♦

Contudo, seria possível esquecer que na sepultura do viajante havia um tesouro digno de um rei? Seria possível ignorar que esse ouro poderia transformar um pobre camponês num senhor ainda mais rico que um sultão?
Ali não pensava noutra coisa, e refletia sem cessar… Foi assim que arquitetou um plano que lhe permitiria, no seu entender, recuperar o saco sem lhe tocar… Ali era burriqueiro. Ganhava a vida a transportar, com o seu animal, pedras, areia ou legumes. Montado no dorso do burro, tinha muito tempo para pensar no desenrolar do seu plano. No entanto, decidiu esperar alguns anos, o tempo necessário para fazer cair no esquecimento o que se tinha passado.
Quando chegou o momento que lhe parecia mais propício, saiu de noite e dirigiu-se ao cemitério. Tirou uma das duas pedras presas na sepultura e, com a pá, cavou um buraco onde sabia que se encontrava a bolsa com o tesouro. De facto, descobriu a bolsa de couro com as duas mãos do imã enegrecidas ainda coladas a ela, uma de cada lado. Não tocou em nada e, sentado junto à sepultura, esperou o nascer do sol.
De manhã, viu caminhar na sua direção o pequeno Mohamed. Mohamed era demasiado jovem para ter ouvido falar da bolsa com o tesouro. Conduzia um burro e dirigia-se ao palmeiral. Ali levantou-se e pediu-lhe que tivesse a amabilidade de descer à cova a fim de reaver a bolsa que, inadvertidamente, lhe tinha caído.
Mohamed parou e olhou para a bolsa no fundo do buraco:
— Mas por que é que tu não a podes ir buscar?
— Porque fiquei com uma dor nas costas, ontem ao fim do dia, — respondeu Ali, agarrando-se aos rins e esboçando um esgar de dor — não me posso baixar.
— Nesse caso, segura o meu animal que eu vou buscar a tua bolsa.
Mohamed desceu à cova, pegou na bolsa e subiu. Não viu que as duas mãos do imã se soltaram e rolaram para o fundo do buraco.
— Toma a tua bolsa — disse.
Ali estava felicíssimo: a maldição deixara de existir! Aproximou-se, agradeceu a gentileza a Mohamed e pegou na bolsa. Mas, de repente, soltou gritos de dor. As suas duas mãos ficaram presas à bolsa de couro e Ali quase desmaiou… E a bolsa rolou para o fundo da cova, arrastando-o com ela! Uma fumaça espessa emanava do corpo, que se calcinava, espalhando um odor infeto. Mohamed estava aterrorizado e não compreendia o que se passava; tentou puxar o seu companheiro pelos pés, mas depressa desistiu.
Alertados pelos gritos inumanos do ladrão, os habitantes da aldeia reuniram-se de novo à volta da sepultura… Os mais velhos sabiam muito bem o que estava a acontecer e pediram a Ali para reconhecer rapidamente a sua falta.
— Perdoai-me. Quis roubar o tesouro do viajante. Sou um ser indigno!
Nesse preciso momento, as mãos do ladrão separaram-se dos braços e permaneceram coladas à sacola. Quando se levantou, verificou que apenas tinha nas extremidades dos braços dois cotos enegrecidos pelo fogo do inferno. Apenas lhe restava fugir da aldeia se não quisesse ouvir as reprimendas dos amigos.
Mas a lenda não acaba aqui… Os anciãos da aldeia de In-Amènas reuniram-se e decidiram fazer desaparecer para sempre a bolsa que já tinha provocado tanta dor! Pediram, então, a Mohamed, para pegar nela – ele que nunca tinha pensado em roubar podia pegar-lhe sem dificuldade – e imploraram-lhe que a escondesse na montanha. Foi o que fez… e, logo que voltou à aldeia, ninguém lhe perguntou nada.

♦♦♦♦♦
Pois bem, amigos, estão avisados: se, um dia, encontrarem numa gruta da montanha de Tassili N’Ajjer uma bolsa de couro negro, não toquem nela! Sabem bem o risco que correm!
Os anciãos de In-Amènas que contam esta lenda acrescentam para concluir: “A bolsa do tesouro é o que tu desejas. As mãos queimadas são os remorsos que te farão sofrer se pegares no que não te pertence. E o jovem Mohamed, que pode tocar na bolsa sem se ferir, é a felicidade prometida àquele que não tem maus pensamentos. No entanto, a bolsa escondida na montanha é também a esperança de nos tornarmos ricos um dia, mas na condição de sermos tão puros como o pequeno Mohamed! Parece não haver muita esperança para nós… mas, quem sabe? …”
André Voisin
Contes traditionnels du désert
Toulouse, Ed. Milan, 2002
(Tradução e adaptação)

quinta-feira, 22 de março de 2012

O "Dia Mundial da Água" foi criado pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas através da resolução A/RES/47/193 de 21 de Fevereiro de 1993,[1] declarando todo o dia 21 de Março de cada ano como sendo o Dia Mundial das Águas (DMA), para ser observado a partir de 1993, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (Recursos hídricos) da Agenda 21.
Nesse período vários Estados foram convidados, como fosse mais apropriado no contexto nacional, a realizar no Dia, atividades concretas que promovam a conscientização pública através de publicações e difusão de documentários e a organização de conferências, mesas redondas, seminários e exposições relacionadas à conservação e desenvolvimento dos recursos hídricos e/ou a implementação das recomendações proposta pela Agenda 21. A cada ano, uma agência diferente das Nações Unidas produz um kit para imprensa sobre o DMA que é distribuído nas redes de agências contatadas. Este kit tem como objetivos, além de focar a atenção nas necessidades, entre outras, de:
  • Tocar assuntos relacionados a problemas de abastecimento de água potável;
  • Aumentar a consciência pública sobre a importância de conservação, preservação e proteção da água, fontes e suprimentos de água potável;
  • Aumentar a consciência dos governos, de agências internacionais, organizações não-governamentais e setor privado;
  • Participação e cooperação na organização nas celebrações do DMA.
Os temas dos DMA anteriores foram:
  • 2010: Água limpa para um mundo saudável
  • 2009: Águas Transfronteiriças: a água da partilha, partilha de oportunidades.
  • 2008: Saneamento
  • 2007: Lidando com a escassez de água
  • 2006: Água e cultura
  • 2005: Água para a vida
  • 2004: Água e desastres
  • 2003: Água para o futuro
  • 2002: Água para o desenvolvimento
  • 2001: Água e saúde
  • 2000: Água para o século XXI
  • 1999: Todos vivem rio abaixo
  • 1998: Água subterrânea: o recurso invisível
  • 1997: Águas do Mundo: há suficiente?
  • 1996: Água para cidades sedentas
  • 1995: Mulheres e Água
  • 1994: Cuidar de nossos recursos hídricos é função de cada um.
A partir de 2001 ficou restrito a cada país a adoção da Agenda 21

quarta-feira, 21 de março de 2012

Datas que merecem ser lembradas e festejadas
Nesta semana temos várias datas que são importantes e que devem ser lembradas e trabalhadas por todos os profissionais da educação, ambientalisatas e autoridades que aspiram o bem estar de seus  habitantes.Vejam:
Dia 20 - Início do Outono;
Dia 22 - Dia Mundial da Água;
Dia 23 - Dia da Metereologia.
O que mais nos leva a comentar no nosso dia-a-dia, é a questão da água em nosso planeta.
Aqui no Brasil, época de estiagem, muitas são as famílias que não possuem água potável. Dependem do abastecimento do carro-pipa ou buscam água a quilometros de distãncia.
A pergunta é: O que poderá ser feito para sanear a escassez de água no mundo?
Observamos que quem tem água não se preocupa com o dia de amanhã, com seus netos que serão os herdeiros deste planeta, e esbanjam água, não tem cuidado com os manaciais de água, derrubam as matas ciliares sem dó nem piedade, em nome do progresso economico, mas será que vale a pena? Outros utilizam venenos como agrotóxicos e pesticidas que, ao contrário do que afirmam alguns, os resíduos não evaporam e sim se espalham pela crosta terestre, atingindo os lençóis de água e contaminando a água que eles próprios irão consumir.
Vamos parar e analisar nossa maneira de agir, buscando e apontando soluções para esse problema quem é de todos. Essa é uma discussão que deve ser feita em mesa redonda por todos os governantes do planeta.

Outra data importante é o Dia do Contador de Histórias que ainda é pouco lembrado mas merece destaque entre os educadores principalmente da Educação Infantil e Séries iniciais do Ensino Fundamental, não podendo deixar de lembrar que muitos avós e pais contam histórias para seus filhos desde a 1ª infância, despertando assim o gosto pela leitura desde pequeninos.

Hoje, dia 21 é O Dia Internacional contra a Discriminação Racial - que no meu pensar, esta data jamais deveria ter entrado para a lista das datas comemorativas, pois com minha mãe aprendi que todos somos filhos de Deus, independente de raça, cor,credo ( ...).
 Então, o que temos para comemorar? A igualdade e o respeito às diferenças, principalmente, as raciais, mas hoje, as diferenças sociais pesam muito mais na sociedade em geral.

 O Dia Universal do Teatro é outra data que merece ser comemorada.


terça-feira, 13 de março de 2012

14 de Março
Depois de algumas horas após a comemoração do Bibliotecário, é chegada a hora de comemorar o dia de alguém não menos importante para a disseminação do livro - o vendedor de livros. O livro é um portal mágico que oferece prazer, conhecimento e entretenimento. Não temos dúvida sobre a importância das histórias na formação de uma criança, a literatura infantil é o início da formação do leitor. O interesse pela leitura deve surgir cedo, quando a criança ainda não sabe decifrar o código, mas lê com sua interpretação de mundo, ouvindo a história que lhe contam, imagina e vivência a mesma.
Na Antigüidade e no começo da Idade Média, os livros eram manuscritos em rolos de papiro ou pergaminho. Na Europa, os livros formados por páginas costuradas em uma lombada surgiram no século XIII. Mas ainda eram manuscritos, o que os tornava raros e caros. Os Chineses foram os pioneiros na arte de imprimir livros, usando blocos de madeira com caracteres entalhados. Passava-se tinta nesses blocos, que eram em seguida aplicados ao papel. Os primeiros livros tratavam de magia ou de temas escolares.
Mas o livro mais antigo que se tem conhecimento é datado de 11 de maio de 868 e foi encontrado nas grutas de Dunhuang, na região chinesa de Xinjiang. São discursos de Buda para seu discípulo Subhuti. Por volta de 1040 o alquimista chinês Pi Cheng usou de argila cozida para produzir os primeiros tipos móveis, os quais podiam ser reutilizados após a impressão, porque as letras eram entalhadas separadamente.
O conhecimento dos tipos móveis chegou à Europa muitos anos depois e foi aperfeiçoado pelo alemão Johannes G. Gutenherg (1400-68) que, em1438 começou a fazer impressões com tipos de metal, que proporcionavam maior nitidez à escrita. Uniu os tipos metálicos em palavras, frases, parágrafos e finalmente, páginas. Seu livro mais famoso é a Bíblia de Gutenberg, imprensa entre 1451 e 1456.
Em 1448 Gutenberg se associou a Johann Fust, que financiou a criação da imprensa. A sociedade dos dois terminou em 1455. Fust processou Gutenberg e exigiu que ele lhe entregasse seu material como pagamento do empréstimo. Isso levou Gutenberg à ruína.
Fonte:UFGNet
Dia do Vendedor de Livros
14 de Março
Depois de algumas horas após a comemoração do Bibliotecário,é chegada a hora de comemorar o dia de alguém não menos importante para a disseminação do livro - o vendedor de livros.
O livro é um portal mágico que oferece prazer, conhecimento e entretenimento. Não temos dúvida sobre a importância das histórias na formação de uma criança, a literatura infantil é o início da formação do leitor.
O interesse pela leitura deve surgir cedo, quando a criança ainda não sabe decifrar o código, mas lê com sua interpretação de mundo, ouvindo a história que lhe contam, imagina e vivência a mesma. Na Antigüidade e no começo da Idade Média, os livros eram manuscritos em rolos de papiro ou pergaminho. Na Europa, os livros formados por páginas costuradas em uma lombada surgiram no século XIII. Mas ainda eram manuscritos, o que os tornava raros e caros.
Os Chineses foram os pioneiros na arte de imprimir livros, usando blocos de madeira com caracteres entalhados.
Passava-se tinta nesses blocos, que eram em seguida aplicados ao papel. Os primeiros livros tratavam de magia ou de temas escolares. Mas o livro mais antigo que se tem conhecimento é datado de 11 de maio de 868 e foi encontrado nas grutas de Dunhuang, na região chinesa de Xinjiang. São discursos de Buda para seu discípulo Subhuti. Por volta de 1040 o alquimista chinês Pi Cheng usou de argila cozida para produzir os primeiros tipos móveis, os quais podiam ser reutilizados após a impressão, porque as letras eram entalhadas separadamente.
O conhecimento dos tipos móveis chegou à Europa muitos anos depois e foi aperfeiçoado pelo alemão Johannes G. Gutenherg (1400-68) que, em1438 começou a fazer impressões com tipos de metal, que proporcionavam maior nitidez à escrita. Uniu os tipos metálicos em palavras, frases, parágrafos e finalmente, páginas. Seu livro mais famoso é a Bíblia de Gutenberg, imprensa entre 1451 e 1456. Em 1448 Gutenberg se associou a Johann Fust, que financiou a criação da imprensa. A sociedade dos dois terminou em 1455. Fust processou Gutenberg e exigiu que ele lhe entregasse seu material como pagamento do empréstimo. Isso levou Gutenberg à ruína.
Fonte: www.cidadaopg.sp.gov.br

14 de Março - Dia Nacional da Poesia

"Que é a poesia? uma ilha cercada de palavras por todos os lados"
O Dia Nacional da Poesia, não por acaso, coincide com a comemoração do nascimento do grande escritor baiano Castro Alves. Poeta do Romantismo, foi autor de belíssimas obras, como o “Navio Negreiro” e “Espumas Flutuantes”. Sua arte era movida pelo amor e pela luta por liberdade e justiça.

O que é poesia

Poesia é uma arte literária e, como arte, recria a realidade. O poeta Ferreira Gullar diz que o artista cria um outro mundo “mais bonito ou mais intenso ou mais significativo ou mais ordenado – por cima da realidade imediata”.
Para outros, a arte literária nem sempre recria. É o caso de Aristóteles, filósofo grego que afirmava que “a arte literária é mimese (imitação); é a arte que imita pela palavra”.
Declamando ou escrevendo, fazer poesia é expressar-se de forma a combinar palavras, mexer com o seu significado, utilizar a estrutura da mensagem. Isto é a função poética.
A poesia sempre se encontra dentro de um contexto cultural e histórico. Os vários estilos poéticos, as fases de cada autor, os acontecimentos da época e tantas outras interferências muitas vezes se misturam à obra e lhe dão novos significados.

Características do estilo poético

Antigamente, as poesias eram cantadas, acompanhadas pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isto, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico.
Geralmente a expressão “poesia” se aplica à estrutura de texto em versos. Os versos são as “linhas” do poema. Um conjunto de versos forma uma estrofe.
Algumas características básicas da poesia são o ritmo, a divisão em estrofes, a rima. Um poema também possui métrica, que é a contagem das sílabas poéticas dos versos. Nem todos estes quesitos estão sempre presentes. Os poetas modernistas, por exemplo, adotaram o verso livre, despreocupado com a rima e a métrica
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Dia Nacional da Poesia
A palavra "poesia" tem origem grega e significa "criação". É definida como a arte de escrever em versos, com o poder de modificar a realidade, segundo a percepção do artista.
Antigamente, os poemas eram cantados, acompanhados pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isso, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico. Hoje, os poemas podem ser divididos em quatro gêneros: épico, didático, dramático e lírico.
As linhas de um poema são os versos. O conjunto desses versos chama-se "estrofe". Os versos podem rimar entre si e obedecer à determinada métrica, que é a contagem das sílabas poéticas de um verso. Os versos mais tradicionais são as redondilhas; a redondilha menor tem cinco sílabas, e a maior com sete; os versos decassílabos, dez; os alexandrinos, doze.
A rima é um recurso que confere musicalidade aos versos, baseando-se na semelhança sonora das palavras do final ou, às vezes, do interior dos versos. Rima, ritmo e métrica são características especiais de um poema e que podem variar, dependendo do movimento literário da época.
No Brasil, os primeiros poemas surgiram junto com o seu descobrimento, pois os jesuítas usavam versos para catequizar os índios.
Depois, surgiram outras formas de poesia, como o barroco (1601-1768), o arcadismo (1768-1836), o romantismo (1836-1870), o parnasianismo (1880-1893), o simbolismo (1893-1902), o pré- modernismo (1902-1922), o Modernismo (1922-1962), até a forma de hoje.
O Dia Nacional da Poesia é comemorado em homenagem ao nascimento de Castro Alves, em 14 de março de 1847. Poeta do romantismo, ele foi um dos maiores nomes da poesia brasileira. Suas obras que mais se destacaram foram: Os escravos (no qual há o seu famoso poema Navio Negreiro) e Espumas flutuantes, cujas características principais são a valorização do amor e a luta por liberdade e justiça. Há outros nomes importantes da poesia brasileira: Alberto de Oliveira, Gonçalves Dias, Raimundo Correia, Olavo Bilac, Casimiro de Abreu, Cecília Meireles, Jorge de Lima, Ferreira Gullar, Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade e muitos outros.
Fonte: www.paulinas.org.br
"Que é a poesia? uma ilha cercada de palavras por todos os lados"
O Dia Nacional da Poesia, não por acaso, coincide com a comemoração do nascimento do grande escritor baiano Castro Alves. Poeta do Romantismo, foi autor de belíssimas obras, como o “Navio Negreiro” e “Espumas Flutuantes”. Sua arte era movida pelo amor e pela luta por liberdade e justiça.
O que é poesia
Poesia é uma arte literária e, como arte, recria a realidade. O poeta Ferreira Gullar diz que o artista cria um outro mundo “mais bonito ou mais intenso ou mais significativo ou mais ordenado – por cima da realidade imediata”.
Para outros, a arte literária nem sempre recria. É o caso de Aristóteles, filósofo grego que afirmava que “a arte literária é mimese (imitação); é a arte que imita pela palavra”.
Declamando ou escrevendo, fazer poesia é expressar-se de forma a combinar palavras, mexer com o seu significado, utilizar a estrutura da mensagem. Isto é a função poética.
A poesia sempre se encontra dentro de um contexto cultural e histórico. Os vários estilos poéticos, as fases de cada autor, os acontecimentos da época e tantas outras interferências muitas vezes se misturam à obra e lhe dão novos significados.
Características do estilo poético
Antigamente, as poesias eram cantadas, acompanhadas pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isto, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico.
Geralmente a expressão “poesia” se aplica à estrutura de texto em versos. Os versos são as “linhas” do poema. Um conjunto de versos forma uma estrofe.
Algumas características básicas da poesia são o ritmo, a divisão em estrofes, a rima. Um poema também possui métrica, que é a contagem das sílabas poéticas dos versos. Nem todos estes quesitos estão sempre presentes. Os poetas modernistas, por exemplo, adotaram o verso livre, despreocupado com a rima e a métrica
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Dia Nacional da Poesia
12 de Março
Comemora-se no dia 12 o Dia do Bibliotecário em homenagem ao engenheiro e bibliotecário por vocação, Manuel Bastos Tigre.
Ele nasceu no dia 12 de março de 1882 e, ao terminar o curso de Engenharia, em 1906, resolveu fazer aperfeiçoamento em eletricidade, no Estados Unidos. Uma vez lá, conheceu o bibliotecário Melvil Dewey, que instituiu o Sistema de Classificação Decimal.
Este encontro foi decisivo na sua vida, porque, em 1915, aos 33 anos de idade, largou a engenharia para trabalhar com biblioteconomia.
Prestou concurso para bibliotecário do Museu Nacional do Rio de Janeiro e se classificou em primeiro lugar, com o estudo sobre a Classificação Decimal.
Transferido, em 1945, para a Biblioteca Nacional, onde ficou até 1947, assumiu depois a direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil, na qual trabalhou, mesmo depois de aposentado, ao lado do Reitor da instituição, Professor Pedro Calmon de Sá.
Quem é o bibliotecário?
É oportuno lembrarmos, no dia em que se comemora o bibliotecário, das palavras do Chefe da Casa Civil do governo Figueiredo, general Golbery. Disse ele: "o único lugar que preservo de todos é a minha biblioteca, pois através das minhas leituras conhecerão os meus segredos".
Declaração interessante. Retrata o sentimento de muitos amantes da leitura, que costumam ser extremamente zelosos com seus livros, chegando mesmo a sentir ciúmes de visitantes inoportunos ou de olhares mais curiosos sobre suas estantes.
Cada exemplar de uma obra é único. O livro que descansa na prateleira da nossa casa nunca será o mesmo que repousa em outro lugar, porque o exemplar da nossa casa habita também o nosso espírito. Representa ainda nossas releituras de discussões nervosas e hesitantes.
O bibliotecário, por sua vez, é o profissional que, aos poucos, vai desbravando a alma dos leitores. É ele que coabita com todos os autores, com todas as suas obras e com as expectativas e anseios de todos os leitores.
O Ofício
O profissional da área de biblioteconomia administra bancos de dados e se responsabiliza por classificar e armazenar informações, além de orientar o público que procura uma biblioteca.
Hoje em dia, quem domina tecnologias da computação pode gerenciar arquivos digitais ou organizar páginas para a internet.
Bom lembrarmos também que a qualidade da orientação fornecida pelo bibliotecário, a quem procura uma biblioteca, vai depender de sua própria vivência com a leitura, ou seja, de sua experiência pessoal com os livros e o com o próprio conhecimento em si.
Porque o saber técnico, ligado ao ofício propriamente dito - catalogação, arquivamento, etc. - poderá ser assimilado por qualquer pessoa que se dedique ao estudo da biblioteconomia.
Para atuar como bibliotecário, é preciso, após a graduação, obter o registro no Conselho Regional de Biblioteconomia.
Quem pretende ingressar no curso, já deve ficar sabendo que entre as disciplinas básicas estão língua portuguesa, inglês e literatura. É obrigatório ainda que se faça um estágio, sendo exigida uma monografia final.
Em algumas instituições, o curso, que tem duração média de quatro anos, é chamado de Ciência da Informação ou Gestão da Informação.
Veja abaixo as universidades que oferecem o curso de biblioteconomia no Brasil:
·         no Amazonas, Universidade Federal do Amazonas;
·         no Pará, Universidade Federal do Pará;
·         na Bahia, Universidade Federal da Bahia;
·         no Ceará, Universidade Federal do Ceará;
·         no Maranhão, Universidade Federal do Maranhão;
·         em Pernambuco, Universidade Federal de Pernambuco;
·         no Rio Grande do Norte, Universidade Federal do Rio Grande do Norte;
·         em Brasília, Universidade de Brasília;
·         em Goiás, Universidade Federal de Goiás;
·         em Mato Grosso, Faculdades Integradas Cândido Rondon e Universidade Federal de Mato Grosso;
·         em Minas Gerais, Fundação Educacional Comunitária Formiguense, Universidade Federal de Minas Gerais e Universidade Federal do Rio Verde;
·         em São Paulo, Associação de Ensino de Botucatu, Faculdades Integradas Teresa D'Ávila, Faculdades Integradas Teresa D'Ávila de Santo André, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Universidade Estadual Paulista e Universidade de São Paulo;
·         no Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense, Universidade Santa Úrsula, Universidade do Rio de Janeiro;
·         no Espírito Santo, Universidade Federal do Espírito Santo;
·         no Paraná, Universidade Estadual de Londrina;
·         em Santa Catarina, Universidade Federal de Santa Catarina;
·         no Rio Grande do Sul, Universidade Federal do Rio Grande, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
Fonte: Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística
O Dia do(a) Bibliotecário(a) foi instituído pelo decreto nº 84.631, de 14/4/1980, junto com a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca. Foi escolhido o dia 12 de março em homenagem ao nascimento de Manuel Bastos Tigre (ocorrido em 1882), o nosso mais conhecido e ilustre bibliotecário.
Bastos Tigre foi jornalista, poeta, humorista, redator publicitário, autor teatral, filatelista e engenheiro eletricista. Decidiu abandonar sua profissão de engenheiro porque se apaixonou pelo ofício de bibliógrafo. Ele trouxe dos Estados Unidos o sistema de classificação decimal desenvolvido pelo bibliotecário norte-americano Melvil Dewey.
Com esse conhecimento, ganhou o concurso público para o cargo de bibliotecário do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Mais tarde, foi transferido para a Biblioteca Nacional, a maior do Brasil, e, depois, para a Biblioteca Central da Universidade do Brasil. Foi nessa época que seus talentos se evidenciaram ainda mais, em razão das inúmeras contribuições trazidas para a ciência da biblioteconomia.
Na Antigüidade, quando foi inventada a escrita, os bibliotecários eram responsáveis pela escrita e armazenamento dos livros. Os escribas, por exemplo, escreviam as leis e registravam fatos do cotidiano.
Já na Idade Média, as bibliotecas passaram a ter um caráter religioso, e a função do bibliotecário ficou a cargo dos monges, que eram copistas e os próprios editores dos livros. Sua preocupação, porém, era apenas preservar o acervo e proteger as obras.
Hoje em dia, o bibliotecário é o profissional responsável não só por preservar a informação, como também por fornecê-la. É também sua responsabilidade garantir um acesso rápido e seguro a essas informações. Ele zela não pelo acervo de livros, periódicos e documentos gravados em discos, fitas magnéticas ou em modernas mídias digitais.
Visto que o funcionamento das modernas bibliotecas é bastante complexo, existem atualmente cursos universitários destinados a preparar pessoas especializadas para nelas trabalharem.
Fonte: www.paulinas.org.br