O SAPO NO VASO
(Composição que o menino Beto fez para sua
professora)
De todas as professoras que existem
no mundo, a minha é a melhor.
Ela sabe tudo de cor.
De cor e salteado. Parece computador.
Sabe também fazer todas as contas sem
Máquina de calcular
Sabe até frações.
Sabe resolver problemas difíceis.
Fazer a classe ficar quentinha, depois
De fazer muita anarquia.
Como no caso do sapo no vaso.
A minha professora estava escrevendo
No quadro – negro, de costas
Para a classe, quando um sapo deu
Um pulo no vaso de flores e caiu
Em cima da mesa dela.
E lá ficou pulando, pulando.
A classe toda deu para rir e gritar:
- Olhe o sapo,
o sapo, professora!
Vocês pensam que ela desmaiou,
Deu chilique, gritou? Nada disso!
Apanhou uma flanela do quadro negro
E enfrentou o sapo cara a cara.
Jogou a flanela em cima dele, pegou
O sapinho com a mão e soltou
Pela janela com muito cuidado.
E deu muita risada.
Depois, fez a classe toda cantar aquela
Música do sapo:
Sapo cururu
Da beira do rio
Quando o sapo canta, maninha
É porque está com frio
Ninguém pode com ela.
Ela é mais ela.
( Agora, eu quero dizer para vocês que
eu sei quem botou o sapo no vaso, mas
não posso dizer quanto mais escrever.
Mas também sei que isso
não é coisa que se faça.)
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